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domingo, 30 de junho de 2013

Pescaria em Três Marias - Morada Nova - MG



Lugar aprazível, cercado de grotas onde se consegue pescar Tucunarés sem a necessidade de barco. Pesca-se do barranco numa imensidão de pontos para se arremessar. O lugar que costumo ficar não conta com qualquer infra-estrutura e a sua única companheira será a natureza e outros colegas pescadores, que, fora da temporada dificilmente serão avistados. Para chegar lá saindo de São Paulo percorre-se 850 Km aproximadamente. A viagem se inicia pela Fernão Dias, e para quem não conhece a região  é bom dar uma olhada em um site de roteirização. Algumas dicas: Siga em direção a cidade de Abaeté-MG, em frente ao terminal rodoviário é possível comprar gelo e mantimentos com o melhor preço. Compre também  iscas e algum material de pesca faltante, para não perder tempo procurando em outras cidades de menor porte. Saindo de Abaeté vá sentido a Morada Nova - MG, há 5 Km antes de chegar na cidade vire à esquerda em direção à Balsa. Ao fazer a travessia têm dois pontos de desembarque. Opte pelo lado esquerdo conhecido como "Escurão". Ao desembarcar ande uns 3 Km, e observe a represa do seu lado direito da estrada de terra. Deste ponto em diante, qualquer lugar é bom para acampar. A quantidade de peixes que se consegue capturar em um dia bom de pescaria é coisa que impressiona qualquer pescador sofredor de represa em São Paulo. Confesso não haver explorado adequadamente o local com relação a outras espécies, vez que ao meu ver o Tucunaré na água doce é imbatível e para mim se ele não é tido como rei do rio, poderia ser considerado o rei da represa, mas mesmo sem dar muita ênfase para outros peixes pude capturar muitos Lambaris, Piranhas, Traíras e Piaus. Os moradores da região pescam muito com jig de pena, pegam o peixe no fundo. Eu prefiro as iscas de superfície e recomendo as do tipo zara vermelha e branca, usei uma da Mariner Sports, com ótimos resultados. Não levo ao extremo a orientação do pesque e solte, no caso do Tucunaré solto os menores e faço filé dos demais.


Importante: No período da piracema não é permitido a pesca de espécies nativas, mesmo que seja para consumo. Em resumo, pode-se pescar Tucunarés, Tilápias, Piranhas e Corvinas, com limite de 3 Kg, Atualmente me parece que houve mudança na regra, enfim, é preciso se informar com os locais, para não ser surpreendido e multado. Assim se o amigo pescador capturar um lambari que seja, poderá ter o material de pesca apreendido. A fiscalização é rígida e os policiais cumprem bem o seu trabalho. Então, respeite as normas!  










Em abril de 2013, partimos em direção a Morada Nova e perto do já comentado ponto da Balsa resolvemos conhecer uma pousada da região. O local é simples e conta com alojamentos equipados com beliches, banheiro interno, fogão, geladeira e utensílios domésticos. É cobrado R$ 20,00, por pessoa. Não conta ainda com barcos para aluguel, mas é fácil colocar a própria embarcação na água. Estávamos despreparados e a intenção era passear e pescar piaus de barranco. O nível da represa estava muito baixo e os peixes não estavam encostando. O administrador do lugar conhecido por Relinho se tornou mais um amigo pescador e nos ajudou dando dicas e disponibilizando barco e remos para travessia do canal, mas percebi no primeiro dia que dali sairíamos insatisfeitos, abusei então da boa vontade do novo amigo e pedi emprestado caixa de isopor e alguns utensílios. Expliquei que buscaria outro ponto. Partimos assim em direção à cidade onde compramos gelo entre outras coisas. Na volta passamos pela pousada e perambulamos muito em busca de lugar aparentemente seguro e promissor até montar o acampamento. Andamos uns 600 metros até a primeira grota e cevamos bem em busca dos piaus. Resolvi andar barranqueando tentando localizar os tucunas. Logo nos primeiros arremessos os pequenos mostraram a cara e um enorme cardume encostou. Aproveitei para mesclar entre zara e stick. Estava muito divertido ver os ataques dos pequenos gigantes e surpreendentemente depois de muitos arremessos entre pega e solta surge um enorme rebojo convidando o coração à disparar e a bater mais forte, peso na ponta da linha e lá estava ele com a isca na boca, um azulão ou azulona não sei dizer, com aproximadamente 3,5 Kg, briga boa, fluocarborno já esgarçado, mas aguentou firme o arrasto entre as pauleiras e deu conta do serviço vencendo o belo peixe. Satisfeito, já podiam me chamar para ir embora, contudo, aquela tarde ainda guardava outra surpresa e bastou outro arremesso, para surgir um novo rebojo e um ataque mais violento acompanhado da trilha sonora "carretilha cantando" que só parou quando o bruto meio quilo mais pesado se entregou.

Na região alguns companheiros relataram a captura de exemplares de até 6 Kg. E referente aos piaus, o único capturado tinha uns 20cm e estava dentro do último azulão.












domingo, 7 de outubro de 2012

Dicas sobre qual embarcação comprar?


  Remei pela primeira vez em uma canoa de madeira. Havia muitas infiltrações, e a todo momento era necessário retirar água de dentro do bote. Faltavam-me equilíbrio e experiência no remo, mas navegar explorando locais inacessíveis tornava o momento mágico. 

  Confesso gostar muito de pescar em barranco, contudo, na modalidade embarcada navegando a beira de margens com florestas preservadas, conseguimos visualizar a natureza com todo o seu esplendor.



  Embarquei muitas vezes  de carona, até bater a vontade de comprar o próprio barco. Surgiu daí dúvidas cruciais relacionadas a qual modelo comprar, qual o motor mais indicado e como efetuar o transporte, entre outros questionamentos.
     
   Existem modelos variados de botes e  muita discussão técnica sobre o assunto. Vou resumir de acordo com a minha experiência pessoal. Considerando a possibilidade de comprar uma embarcação apenas, para uso de três pescadores, o ideal seria um casco de 5 metros, com borda alta, boca máxima entre 1,30 a 1,40; e pontal de 0,52 a 0,56, com viveiro, porta documentos e bateria. Na configuração de 6 metros o espaço melhora bastante e discordo daqueles que sustentam ficar prejudicados nas manobras. Se tiver espaço na garagem, penso ser o melhor negócio.
   O motor de popa trabalha de acordo com a carga a ser transportada e o formato do barco. O de 15 HP, é coringa, pois é mais leve e serve para utilizar na maioria das embarcações disponíveis para locação e no caso de ter que tirar todos os dias da popa, esta seria a escolha mais acertada. No motor de 25 HP, pra mais, a sua coluna vai reclamar se tiver que tirá-lo a todo o momento. A diferença entre ambos é como comparar um carro 1.0 e 1.6. Sem carga ambos trabalham de forma parecida, mas basta uma ladeira e carro cheio para sentir a diferença.

   Por falta de verba para para carretinha e falta de espaço na garagem me influenciaram pegar  um bote de 3 (três)  metros. Fiquei com receio de levá-lo no bagageiro, mas vi algumas imagens na internet e me animei. Providenciei as barras para fixar nas longarinas da saudosa Quantum e transportei-o por mais de 500 Km via Bandeirantes/Anhanguera. Não tive qualquer problema e tudo ocorreu bem.
     
   Fui experimentá-lo num lago particular cheio de Tucunarés e gostei. A facilidade no transporte e a possibilidade de utilizar apenas motor elétrico são pontos favoráveis.
  
     O erro foi arriscar pescar com ele no Rio Grande e se não fosse o alerta de um amigo pescador que nos interpelou perguntando: Vocês sabem nadar? Respondemos: um pouco! Ele advertiu: É bom que saibam nadar igual peixe; está vindo uma tempestade e vai virar esse barco. Com o alerta remamos até a margem e ficamos em segurança.


   Concluindo: botes pequenos são interessantes para lagoas, grotas e locais abrigados com poucas marolas, servindo bem duas pessoas e pouca tralha.



Um abraço e boas pescarias sempre!

domingo, 11 de setembro de 2011

Pesqueiro Tô à Toa


Localizado  na altura do km 28 da Ayrton Senna. No sentido de quem vai da capital para Itaquaquecetuba é só pegar o retorno por trás da balança próximo ao posto da Polícia Rodoviária e seguir a direita em  sentido ao Itaim Paulista. É possível  avistá-lo da rodovia. São 2 (dois) lagos. No pequeno a pescaria é por quilo ao valor de R$ 7,00, e não pode soltar o peixe. No grande pagando R$ 10,00, a título de entrada é permitido soltar o peixe e querendo levá-lo é só pagar o quilo. Pague R$ 40,00, e pesque até 15 quilos e o que exceder a cota é cobrado à parte.

Chegamos ao pesqueiro por volta das 9h30m, na intenção de pegar alguma tilápia. Partimos em direção do tanque grande e nos instalamos no primeiro quiosque livre, logo na entrada. Notei que o colega ao lado já havia pegado mais de dez quilos. Outros também já haviam atingido a cota. Justo na hora em que nos instalamos os peixes haviam parado de atacar, mas a minha esposa capturou uma tilápia e eu peguei dois bagres. O meu menino, coitado, ficou com o dedo atolado e foi parar na U T I.

Apurei com o colega pescador que estava ao meu lado e só ouvi elogios do lugar, notadamente quanto às capturas sempre produtivas. Os melhores pontos estão no barranco ao lado da casinha onde se pesa o peixe, ou seja, na lateral esquerda de quem olha da entrada do local. O material usado dependerá da espécie, mas no caso da tilápia varinhas de 3,60, estão de bom tamanho e pira carnívora nelas, mas são manhosas, então exige habilidade e experiência nas fisgadas.

Outros colegas, também falaram bem do local, sendo eles: Adilson, Valentim e Reinaldo Galan. Servem almoço ao preço de R$ 10,00. Pontos positivos: o lugar é simples, sem patrocínio de aborrecimento e o acesso é fácil e rápido. Negativos: é descampado e sem verde suficiente ao redor. Para quem está perto da região, compensa fazer uma visita.

Um abraço aos amigos e boas pescarias sempre!